Existe uma cela esperando por Bolsonaro!
Indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado do Brasil, após as eleições do ano de 2022, Jair Messias Bolsonaro vive o martírio da espera pela denúncia ser oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF). Se isso ocorrer e essa peça acusatória for recebida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Jair será julgado, já como réu, por 11 supremos juízes. Vai ser preciso aparecer outro messias para salvar Bolsonaro desse grupo de magistrados, eis que tais autoridades foram hostilizadas durante todo o governo do mencionado ex-presidente. O alvo político principal de Bolsonaro sempre foram os integrantes da Suprema Corte.
E aí, pode piorar? Uma criança de 10 anos sabe a resposta! Para tanto só basta ter tomado conhecimento de que o tio Bolsonaro pode ter participado da trama para matar os malvadões Lula, Xandão e picolé de chuchu, isso no mês de dezembro do ano de 2022.
Mas um neófito indaga: e tem prova disso? A robustez contida em mensagens, documentos, vídeos, áudios e fotografias, sela o destino de Jair e de seus “parceiros”. O cortejo processual é fúnebre e aniquila qualquer tipo de esperança.
O prenúncio das consequências dos atos de Bolsonaro e de seus fiéis seguidores, para ficar só no contexto de um dos inúmeros delitos que podem ser imputados, é acessível para qualquer pessoa através da singela leitura do contido no artigo 359-M, do Código Penal, assim descrito: “Tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos, além da pena correspondente à violência.”
Jair não se dar por vencido e se reportando ao triste episódio que vitimou Francisco Wanderley Luiz, que foi o autor das explosões de bombas na praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), propala: “As instituições têm um papel fundamental na construção desse diálogo e desse ambiente de união. Por isso, apelo a todas as correntes políticas e aos líderes das instituições nacionais para que, neste momento de tragédia, deem os passos necessários para avançar na pacificação nacional. Quem vai ganhar com isso não será um ou outro partido, líder ou facção política. Vai ser o Brasil.”
Com 49 minutos do segundo tempo e sem VAR para avaliar qualquer jogada, Jair Messias Bolsonaro querer parecer outra pessoa, é como confundir Esqueleto com He-Man, no reino de Eternia. Quem cai nesse lábia de quinta categoria?
O momento, portanto, impõe que Jair administre o medo e a depressão, deixando as malas prontas a espera do cárcere. As sentenças já estão prontas e permeiam as mentes dos julgadores, sendo pertinente só cumprir com as necessárias etapas processuais que vão levar as condenações, também, no caso da falsificação dos cartões de vacina e sobre as vendas de joias do acervo presidencial.
E se alguém questionar o que será do bolsonarismo? É só expressar que continuará solto, mesmo com o seu líder atrás das grades, sendo essencial avaliar a relação custo-benefício dessa caricatura, para não adquirir o status de escárnio do messias de pés de barro.
Por essencial, há de ser destacado o lado positivo de tudo isso, vez que vivendo no xilindró, Bozo saberá que a língua não pode ser cumprida e que o maior poder sempre foi e será o Judiciário. A propósito, Bozo é um personagem palhaço!
E agora capitão? Dessa vez não adianta telefonar para o pastor Silas Malafaia para chorar. Engrossa o coro que a hora da cana vai chegar!
Falando em cana, lembrei que visando uma adaptação melhor com o cárcere, seria adequado Jair se aconselhar com o Lula e uma parte significante de seus seguidores, que fizeram do cubículo de prisioneiros um lar do petismo.
Que país é esse? Quem presta? Algum eleitor por aí?
O advogado Alex Ferreira Borralho escreve, todo sábado, sobre temas atuais no Jornal Pequeno, sendo este o artigo publicado no dia 23.11.2024.
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