UFMA ensina com o cu!
Chegando em solo maranhense após a “arrematação do avião” que a conduzia (não sabemos se em leilão, hasta, pregão, etc.), Tertuliana Lustosa trouxe para a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), lições sobre o seu “mestrado de putaria”.
De pronto, essencial seja feita a seguinte indagação: qual a novidade desse fato? Por óbvio que nenhuma, já que a putaria de Tertuliana é velha conhecida de todos. Agora, conseguir um diploma de curso universitário através de ensinamento de como “requebrar o cu”, realmente é algo original, colocando a UFMA na vanguarda das instituições de ensino superior (nível planetário).
Alguns universitários da UFMA, poderão de logo asseverar: não critiquem a apresentação de Tertuliana, já que opinião é que nem cu, ou seja, tem gente que dá mesmo sem você pedir e aqui todos nós gostamos do cu de Tertuliana. Temos que respeitar!
Para Tertuliana, na UFMA “não tem nota, nem recuperação, não tem sofrimento e se aprende com tesão”. A frase rendeu aplausos dos insensatos risonhos integrantes da mesa composta por aquela (os principais ridículos da cena), que sentiram, de pertinho, o aroma do mencionado cu, proporcionando, por lógico, o compartilhamento da filmagem do ato no perfil do Instagram da própria cantora, contando com a aquisição de inúmeros seguidores e uma exorbitância de compartilhamentos.
Na mesa-redonda (bem redonda mesmo) que Tertuliana se “apresentou” eram destacadas as “Dissidências de gênero e sexualidades”, promovida pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política da citada universidade, estando o público entusiasmado com o “manifesto traveco-terrorista” proveniente do trabalho acadêmico de referida mestranda, que ainda ressaltou que “não se nasce mulher, torna-se traveca”, afirmação que poderíamos caracterizar como uma chacota em relação a nota materializada pela UFMA concernente a tal episódio, esta que realçou a “importância de se manter um ambiente harmônico e respeitoso para todos os membros da nossa comunidade.”
Os registros feitos por Tertuliana em referido episódio, já foram propalados em outras universidades e se refere a preconceitos que precisam ser enfrentados, sendo preponderante por exaltar a sua “travestilidade nordestina como forma de questionar o sistema”. Quanto a isso, Lustosa não pode ser questionada, já que, concordando ou não, estamos diante da produção de conhecimento feito segundo as suas convicções, merecendo respeito, também, os universitários que procuraram prestigiar a palestra em contexto.
Respeitar qualquer tipo de diversidade é nosso dever como cidadãos. Aliás, muitas das vezes temos que sair da bolha, procurar escutar a realidade dos outros e ter conhecimento de pontos de vista diversos, sendo tais atitudes essenciais para a construção de um ambiente social destituído de preconceitos. Nesse sentido, vale ponderar que a universidade é uma reprodução da sociedade.
Ocorre que, para ser respeitado, é preciso respeitar, não podendo ser esquecido que o direito constitucional à livre manifestação de pensamento e expressão tem limites, não devendo o ambiente universitário ser confundido com um lugar de libertinagens.
A UFMA, que já está sendo chamada de CUFMA, é uma conceituada instituição de ensino superior do Brasil, não podendo se transformar em um “mestrado de putaria”, com ensino gostoso “dando aula na sua pica”, sob pena de subversão do real papel universitário e dos limites essenciais do que se tem por tolerável em eventos acadêmicos, que migram para integralização de carga horária dos seus alunos.
Logo, o local e a forma escolhida por Tertuliana para aflorar o seu erotismo, performando putaria com o seu corpo, esquecendo da necessidade única da reprodução dos seus valores e pensamentos através da sua voz, foi inadequado, agredindo, principalmente, o pagador de imposto, que repudia a utilização do dinheiro público com depravações. A educação pressupõe respeito mútuo e diálogos e debates pautados pela seriedade!
Preponderante destacar, ainda, que existem limites a serem respeitados e valores éticos e morais que devem sempre constituir a base de qualquer instituição de ensino.
A libertinagem, a indecência e até o cu de Tertuliana são toleráveis, em outros palcos e não no espaço acadêmico, sob pena de distorção do conceito de liberdade, que não está associado à noção de safadeza e patifaria, com a exacerbação de práticas teratológicas e absolutamente incompatíveis com a rotina da vida acadêmica.
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