Artigos publicados

A hábil conquista da liderança política e a diluição da trupe que achava que não perderia o comando

Imaginem um líder político que não gosta de receber políticos. Vamos mais além, na medida em que essa mesma liderança não admite receber críticas, que logo sai caracterizando e perseguindo os críticos como adversários.

Parece óbvia a subsistência da prevalência pela torcida pelo fim desse tempo sombrio e cheio de demagogias, fazendo pulsar dentro da grande maioria o grito de liberdade chamativo da mudança.

Chegou, então, o fim da manipulação, principalmente, de números e de estatísticas sociais, sendo descortinado por um ranking nacional a verdadeira miséria de um povo, situação que era obscura, principalmente, em virtude de uma cobertura midiática não adstrita a realidade e com pulverização de milhões de reais do contribuinte, utilizados para elevação pessoal.

Os comandados moderados se uniram para formar um novo grupo, convictos de que precisam evoluir e atingir produtivos resultados em benefício da população. Os outros que continuam submissos, atrapalham, tramam e perseguem o novo líder. Estão com receio do gosto amargo do ostracismo, já sentido por alguns e se recusam a acreditar que o modelo que antes era empregado já se esgotou, dilacerando a proposta continuísta de domínio na esfera política estadual.

Na verdade, o que paira no universo do esquecimento é que a primeira característica que um líder dever ter, é a de liderar o seu ego. A segunda é se convencer que um líder admirado e respeitado é seguido por opção, e não por obrigação e imposições. Se o estilo for o de “goela abaixo” ou de “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, a liderança poderá até resistir por um longo prazo, mas sempre padecerá da fragilidade e os liderados vão desejar a substituição daquele que lidera.

Com um ciclo de acontecimentos e estratégias favoráveis ao dinamismo da política e implementando o necessário distanciamento de determinados políticos, respostas satisfatórias a nível administrativo e pessoal são obtidas, possibilitando a formação e a utilização de um leque de aliados que não é fácil superar e que dificulta as escolhas.

No estágio atual, o melhor movimento é o de demonstração da habilidade com a sintonia e sincronia com os presidentes de outros poderes, mantendo a essencial coesão, além da escolha correta dos momentos adequados para reposicionamento de discursos e das práticas políticas, tudo aliado ao reconhecimento de que a ambição deve ser contida, para não levar a cisões.

Mas algum neófito poderia perguntar: E as entrelinhas do passado ainda importam? A resposta é não, na medida em que são representativas de fotos que mostram as caricaturas de um tempo que não existe mais e que é suplantado por um arco de alianças do presente, que não admite uma apunhalada com a mesma mão que afaga, idealizadora da construção de uma lealdade artificial que só buscava a sua própria projeção nacional.

O tempo expirou! O futuro há de reservar novas oportunidades! Novos começos sempre são abençoados!

Como escreveu Bráulio Bessa, no poema Recomece: “…É preciso de um final pra poder recomeçar…”

O advogado Alex Ferreira Borralho escreve, todo sábado, sobre temas atuais no Jornal Pequeno, sendo este o artigo publicado no dia 02.11.2024.

O conteúdo do site Direito e Ordem é aberto e pode ser reproduzido, desde que a fonte (Direito e Ordem) seja citada.

Faça uma denúncia ou sugira uma postagem para o Direito e Ordem através do seguinte e-mail: contato@direitoeordem.com.br

Alex Ferreira Borralho

Alex Ferreira Borralho é advogado e exerce suas atividades advocatícias, principalmente, nas áreas cível e criminal. Idealizou o Instagram Direito em Ordem em 03.01.2022, criando um canal de informações que busca transmitir noticias relevantes de forma sucinta, de entendimento imediato e de grande importância para a sociedade, o que foi ampliado com publicações de artigos semanais no Jornal Pequeno, todos os sábados e nos mais variados meios de comunicação. Esse canal agora é amplificado com a criação do site Direito e Ordem, que deverá pautar, especialmente, os acontecimentos do Poder Judiciário do estado do Maranhão, levando, ainda, ao conhecimento de todos informações sobre episódios diários no âmbito dos tribunais, dos escritórios de advocacia e do meio político e social.
Botão Voltar ao topo