Rebaixaram a Janja! É que como presidente de fato, ela merecia ter ganho a faixa presidencial e não uma medalha
Na quarta-feira passada (04.09.2024), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, condecorou a primeira-dama Rosângela da Silva (vulgo Janja) com a medalha de mérito Oswaldo Cruz, que é destinada a pessoas que contribuíram de forma notável com a saúde e o bem-estar dos brasileiros. Vinte e duas (22) pessoas e onze (11) instituições receberam tal condecoração, sendo o decreto que traz tal honraria publicado na edição da citada data, no Diário Oficial da União.
Por óbvio que o Governo não havia explicado o motivo de Janja receber tal “premiação”, mesmo o decreto que regulamenta a entrega da medalha registrar a obrigação de justificativa do motivo da homenagem.
Com críticas brotando de todos os lados, eis que no dia seguinte (05.09.2024) é divulgado pelo Ministério da Saúde que Janja atuou para “reforçar” o Movimento Nacional pela Vacinação. Vejamos a justificativa: “A primeira-dama promoveu live sobre vacinação, com a participação da embaixadora para o tema, Xuxa, e encabeçou mobilização nas redes sociais para promover o Dia Nacional da Imunização, com foco em gripe, covid-19 e atualização das vacinas de rotina”.
Fico a imaginar a multidão de brasileiros que deve estar se esforçando para fazer uma live e mobilizando as próprias redes sociais para promoverem a necessidade da “Imunização, com foco em gripe, covid-19 e atualização das vacinas de rotina.” Esqueçam! Vocês não vão ganhar nada!
É que Janja, com muita modéstia, se auto medalhou. Na verdade, merecia a faixa presidencial, já que é a presidente de fato do Brasil, ou seja, alimentou o próprio ego com muito pouco, deixando, pasmem, a vaidade de lado.
Alguns perguntariam: Janja está mudando? Por lógico que não! É que pessoas que são viciadas em autopromoção, vaidosas e egocêntricas, sempre tem suas intenções sob suspeita, procurando subterfúgios para mascarar a sua verdadeira índole. E Janja mira a popularidade de Michele Bolsonaro! É que o lulismo precisa sobreviver e conta com o janjismo para que isso ocorra. Está aí a explicação para o excesso de publicidade em relação a atual primeira-dama (Janja não sai das redes sociais).
Para que vocês tenham uma ideia, Janja, com as suas postagens, chegou a agravar a crise do presidente Lula (entenda-se Brasil) com Israel, virando um verdadeiro terror para a diplomacia brasileira.
Mas alguns indagariam: de onde vem essa ferocidade em desfavor de Janja? Não se trata de enfurecimento ou de escolha de ideologias políticas-partidárias e sim de perplexidade com a forma como Janja age, mesmo não tendo sido eleita para nada.
Constitui fato notório que Ruth Cardoso fez do governo de Fernando Henrique Cardoso um grande impulsionador dos índices importantes para a Educação de todos os brasileiros. Já Marisa Letícia foi o retrato do equilíbrio e da discrição. Marcela Temer exerceu a liderança do programa Criança Feliz e Michelle Bolsonaro comandou o Pátria Voluntária.
Ora, nenhuma delas exercia poder de mando em aspectos administrativos e decisórios do presidente da República, ofuscando projetos e idealizações construídas com o eleitorado brasileiro e vitais para o progresso do Brasil. Não se preside uma nação com um encosto dizendo a todo minuto, para a autoridade máxima do país, o que deve ser feito.
Na medalha recebida por Janja há uma clara violação do Princípio da Impessoalidade, previsto no caput, do artigo 37, da Constituição Federal. Aliás, se o mesmo ato fosse perpetrado, por exemplo, por um prefeito para com a primeira-dama do município, ninguém duvidaria que o Ministério Público já estaria caracterizando-o como improbidade administrativa, ajuizando a ação competente.
O Ministério da Saúde, ainda no contexto de justificativa para a concessão da honraria a Janja, informou que a primeira-dama “participa ativamente da discussão de estratégias e investimentos do governo no campo da saúde da mulher e da gestante”. Que comedimento! Janja participa de tudo, mesmo sendo Lula o eleito.
Faz o J!