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Cellebrite Premium deverá ser utilizado na “Operação 18 Minutos” para recuperar conversas apagadas e outros dados de celulares

A recuperação de eventuais  conversas através do aplicativo WhatsApp apagadas dos celulares dos alvos da “Operação 18 minutos” deverá ser feita pela Polícia Federal através da utilização do softwareCellebrite Premium. 

É que quando os arquivos são apagados de um celular, uma grande parte desses dados ainda fica armazenada no aparelho. Na verdade, eles são apenas reduzidos e movidos para uma pequena parte da memória que, nos dias seguintes, será sobreposta por arquivos novos.

Logo, quem pensa que o ato de deletar irá dar fim as mensagens, está equivocado. Apenas o tamanho do arquivo é reduzido, mas poderá ser recuperado. Aí que age o Cellebrite, que com a sua capacidade de desbloquear smartphones iOS e Android, revela todo o conteúdo ocultado por empresas como WhatsApp, Telegram e Facebook.

Importante registrar que dados sobre a localização, anexos de e-mails e registros de sistemas, também são acessados com o Cellebrite.

Essencial informar que referido software não tem atuação sobre a criptografia utilizada nas ligações pelo aplicativo WhatsApp (não consegue interceptar) e nem em mensagens autodestrutivas de apps como Signal e Telegram, isso porque os dados não chegam a existir fisicamente.

Mas como funciona a dinâmica após a operação? Em regra, depois que aparelhos são apreendidos pelos agentes da Polícia Federal, são desligados e todos são lacrados e enviados ao Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília (DF). Chegando a tal setor, entra em ação o ato de descriptografar os celulares, destravando e tornando legíveis os dados protegidos por meio da criptografia, para só após os peritos criminais realizarem a chamada cópia forense. Depois de tudo isso entra em ação o Cellebrite Premium.

Mas pode ocorrer que mesmo com o emprego de tecnologia, não seja possível ter acesso ao teor dos celulares dos alvos das investigações, tendo nesse caso a necessidade dos policiais federais enviarem ofícios com essa solicitação para empresas como a Meta, que controla aplicativos como Facebook, Messenger, WhatsApp e Instagram, passando assim a ter acesso aos dados mantidos na nuvem.

Referência: Cellebrite Premium.

Alex Ferreira Borralho

Alex Ferreira Borralho é advogado e exerce suas atividades advocatícias, principalmente, nas áreas cível e criminal. Idealizou o Instagram Direito em Ordem em 03.01.2022, criando um canal de informações que busca transmitir noticias relevantes de forma sucinta, de entendimento imediato e de grande importância para a sociedade, o que foi ampliado com publicações de artigos semanais no Jornal Pequeno, todos os sábados e nos mais variados meios de comunicação. Esse canal agora é amplificado com a criação do site Direito e Ordem, que deverá pautar, especialmente, os acontecimentos do Poder Judiciário do estado do Maranhão, levando, ainda, ao conhecimento de todos informações sobre episódios diários no âmbito dos tribunais, dos escritórios de advocacia e do meio político e social.
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